Paulo Sérgio e Felipe Mattioni, as duas alternativas de Celso Roth para a lateral-direita, despertam reações antagônicas entre os torcedores do Grêmio. O próximo adversário do Tricolor é o Botafogo, no próximo sábado, às 16h.
– Em cada 10 perguntas, sete são sobre Mattioni. E todos os que o elogiam aproveitam para pedir a saída de Paulo Sérgio – atesta o repórter Vinícius Rebello, do clicRBS, que faz acompanhamento diário dos treinos e conversa com internautas no blog Pré-Jogo.
Nascido em Ijuí, Felipe Mattioni, o queridinho, foi descoberto em 2001 atuando por uma escolinha de Santo Augusto contra o time pré-infantil do Grêmio. No ano seguinte, já estava no Olímpico. Na época, ainda era meia. Só nos juvenis, sob o comando do técnico Círio Quadros (que treinou o Sapucaiense no Gauchão deste ano), passou para a lateral.
– Fico feliz com tanto carinho. Acho que é porque fui criado aqui na casa – diz o jogador de 19 anos, cujo nome é gritado por jovens torcedoras que ficam encostadas à tela durante os treinos no gramado suplementar.
Apesar da satisfação com a acolhida dos torcedores, é visível o desconforto com a falta de seqüência no time. Em 27 rodadas do Brasileirão, foi utilizado apenas duas vezes, contra Fluminense e Palmeiras, ainda no primeiro turno.
Mattioni, que tem empresário italiano, revela ter recebido no meio do ano propostas para atuar na Itália e na Inglaterra. Recusou pela identificação com o clube. Paulo Sérgio, o rejeitado, solta uma gargalhada quando perguntado se é o patinho feio do Grêmio.
– Não tem nada disso. Nas ruas, os torcedores dizem que gostam muito de mim – garante o lateral, que completa 30 anos nesta quarta.
Paulo Sérgio admite erros no Gre-Nal
Ainda assim, ele é o primeiro a admitir que a fase não é boa. Em casa, assistindo aos teipes dos jogos do primeiro turno, ele constata que sua contribuição com passes para cruzamentos baixou drasticamente.
– Só no Gre-Nal, errei três cruzamentos. O pior é que também não havia jogado bem o primeiro – diz o jogador, recordando o clássico do primeiro turno, quando foi anulado pelo meia Taison, do Inter.
O risco de perder a posição para Mattioni, com quem dividia quarto nas concentrações nos primeiros jogos da temporada, é encarado com naturalidade. Ficaram amigos desde os primeiros dias da pré-temporada, em Bento Gonçalves.
– Ele é um moleque excelente. Adora a família dele. Se entrar no meu lugar, vou ficar torcendo por ele – promete Paulo Sérgio, que deve ser mantido ao menos para sábado.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008